A VISÃO DA DEFICIÊNCIA PROBLEMATIZADA NO FILME COLEGAS

 

Fonte:https://media.fstatic.com/-1gKzDzcWVaXll9SR21cGtCTj4k=/290x478/smart/media/movies/covers/2013/03/e8c2e57d1c2ecc822c72a3a5db7a7aed.jpg
Descrição da imagem: Capa do filme Colegas, ao fundo paisagem com montanha e céu azul com poucas nuvens brancas, a frente da imagem dos personagens principais, três jovens com Síndrome de Down em um carro conversível com os braços abertos. Ao meio da imagem o nome do filme Colegas e logo baixo a seguinte frase: A comédia mais divertida do ano, na cor branca.

IDENTIFICAÇÃO:

Disciplina: Contextualização e Conceito da Deficiência Intelectual

Unidade I: Histórico da Deficiência Intelectual, definição e características

Professoras: Dr.ª Dorcely Isabel Bellanda Garcia e Dr.ª Roseneide Maria Batista Cirino

Discente: Fernanda Spenazzato Seger

Atividade: Análise do filme "Colegas"

 Trailer do filme Colegas:

 

A VISÃO DA DEFICIÊNCIA PROBLEMATIZADA NO FILME COLEGAS

 O filme Colegas (2013) é um convite a uma aventura protagonizado por três jovens com Síndrome de Down que vivem juntos há muito tempo em um instituto. Os amigos tiveram a ideia de pegar o carro do diretor da instituição e sair em busca de seus sonhos, Stallone (Ariel Goldenberg) sonhava em ver o mar, Aninha (Rita Pook) tinha o sonho de se casar com um cantor e Márcio (Breno Viola) queria voar para chegar ao céu e encontrar seus pais.

A vida no instituto não era uma vida ruim, mas eles buscavam mais, queriam realizar seus maiores desejos e fazer coisas extraordinárias, diante disso, liderados por Stallone (que era o único que sabia dirigir) os três fugiram para desbravar o mundo.

 

Várias passagens do filme representam a desconstrução da visão de incapacidade que historicamente se tem sobre a deficiência, mas uma cena que expressa muito bem a habilidade de raciocínio e estratégia dos colegas é no momento em que os amigos pegam um cartaz com a foto deles como procurados pela polícia, e assim, usam isso para pareceram perigosos e não pagarem a conta. Nessa cena, como também em outras, fica claro que as pessoas que têm uma deficiência são totalmente capazes de pensar sobre suas vidas e desenvolver atividades.

A razão científica da causa da síndrome de Down ainda não foi explicada, mas já é reconhecido por estudos que no processo de fecundação ou o óvulo feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um cromossomo a mais. E no momento em que se unem aos 23 da outra célula embrionária, somam 47, em que na maior parte das pessoas são 46. O cromossomo a mais se localiza no par número 21, dessa forma a síndrome de Down também é chamada de trissomia do 21. Essa síndrome apresenta uma grande ocorrência (uma a cada 700 nascimentos), ocupa a colocação de mais comum e independe das condições financeiras da família, da raça, religião ou país (MOVIMENTO DOWN, 2014).

O aprendizado dentro de uma proposta inclusiva é discutido em um artigo do site “Diversa: educação inclusiva na prática”, no qual a autora traz reflexões sobre valorizar os eixos de interesses dos alunos, e isso se destina tanto aos alunos com deficiências como aos outros. Dessa maneira é possível dar ênfase naquilo que os estudantes gostam e conseguem elaborar com mais facilidade no desenvolvimento de diversas esferas, como a socialização, comunicação e outras áreas que esse aluno tenha mais dificuldade (ORRÚ, 2017).

As possibilidades das pessoas com deficiências de aprender e se socializar são inúmeras, para isso é essencial que se priorizem mediações pedagógicas voltadas à individualidade dos educandos, por meio da flexibilização do currículo para adaptar às necessidades de cada um (OLHER; GUILHOTO, 2013).

O conhecimento é o melhor aliado contra o preconceito, portanto é importante que o acesso à informação e projetos que a disponibilizem sejam produzidos, para se difundir o conceito de que essa alteração no cromossomo não é ocasionada por culpa da família e que essas pessoas tem muito mais em comum com as outras do que diferenças.

A proposta do filme problematiza a visão que a maior parcela da sociedade ainda tem da deficiência, aquela concepção pautada na dificuldade e na incapacidade desses indivíduos, em contraste, a produção prioriza as possibilidades dessas pessoas, e de uma maneira bem humorada e muito afetiva inclui pessoas com síndrome de Down. Em entrevista ao Educar para Crescer, o diretor revela que foi a convivência com um tio que o inspirou no enredo, e que se o público viajar junto com essa aventura e sair do foco da síndrome será um grande passo para a inclusão.

 

REFERÊNCIAS

 

COLEGAS. Direção de Marcelo Galvão. São Paulo: Europa Filmes, 2013. (94 min).

 

SÍNDROME DE DOWN. Movimento Down, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <http://www.movimentodown.org.br/sindrome-de-down/o-que-e/>. Acesso em: 14/05/2021.

 

OLHER, Roseli; GUILHOTO, Laura M.F.F. Educação Inclusiva e a escola especial. Revista Deficiência Intelectual. São Paulo: Instituto APAE. Ano 3, nº 4-5, p.6-12, janeiro-dezembro 2013.

 

ORRÚ, Sílvia Ester. Diversa: educação inclusiva na prática e Instituto Mendes, São Paulo, 2017. Disponível em: <https://diversa.org.br/artigos/eixos-de-interesse-pontes-para-o-aprendi

zado-e-desenvolvimento-de-todos-os-alunos/>. Acesso em: 14/05/2021.

 

 

Postagem da discente Fernanda Spenazzato Seger

Blog atualizado pela discente Poliana Acs Teodoro

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